
Guia para Introdução Alimentar
Parabéns! Chegou a este marco importante da vida do seu bebé.
O seu guia para a introdução alimentar
Parabéns! Chegou a este marco importante da vida do seu bebé. Divirta-se a dar-lhe os seus primeiros sólidos. A introdução alimentar representa uma nova etapa empolgante no desenvolvimento do seu bebé, mas também suscita muitas perguntas. Poderá questionar-se sobre quando realizar a introdução de alimentos complementares ao leite materno, como deve ser feita esta introdução, quais os primeiros alimentos a introduzir. As orientações seguintes irão ajudá-la nesta nova etapa importante.
A importância da Introdução Alimentar
O leite materno é o alimento ideal para o bebés, proporcionando uma nutrição ótima para o seu crescimento e desenvolvimento saudáveis. No entanto, a partir das 17 a 26 semanas, o leite materno, por si só, comtempla todas as necessidades nutricionais do bebé, nomeadamente em termos de energia, proteína e micronutrientes específicos como o ferro e as vitaminas lipossolúveis. A par com as necessidades nutricionais, a introdução de alimentos complementares assume um papel fundamental no desenvolvimento do bebé, permitindo estimular a motricidade fina e a descoberta de novos alimentos e sabores, bem como pela sua importância social e cultural — desde o regresso ao trabalho dos pais até à inclusão do bebé nas refeições familiares.
O não cumprimento desta janela de oportunidade pode trazer consequências, como um maior risco de dificuldades alimentares e uma menor aceitação de grupos alimentares importantes, em especial hortícolas e frutas.
Como reconhecer o momento para a Introdução Alimentar?
Conforme recomendado pela Sociedade Europeia de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN), torna-se muito importante, dentro da janela de oportunidade entre as 17 e as 26 semanas, consultar o profissional de saúde que acompanha o bebé para seguir e guiar a introdução alimentar.
Cada bebé tem o seu ritmo e, por isso, deverá estar atento aos seguintes sinais de prontidão:
Senta-se, mesmo que ainda com algum apoio, e consegue manter a cabeça ereta;
Deixou o reflexo de extrusão da língua, ou seja, já não empurra automaticamente os alimentos com a língua para fora da boca;
Tem a capacidade de fechar os lábios sobre a colher;
Demonstra interesse e curiosidade pelos alimentos e pela refeição da família;
Tem a coordenação motora necessária entre olhos, mãos e boca, levando levar objetos/alimentos à boca.
O DESAFIO: Elevadas necessidades nutricionais para pequenas barriguinhas
Apesar das elevadas necessidades nutricionais, a capacidade gástrica dos bebés é reduzida e o sistema gastrointestinal, assim como o sistema imunológico, ainda está em desenvolvimento, o que levanta alguns desafios. Desta forma, é muito importante que os alimentos introduzidos sejam ricos do ponto de vista nutricional, para que, mesmo em pequenas quantidades possam suprir as necessidades nutricionais do bebé.
Por onde começar?
A introdução alimentar pode iniciar-se com uma sopa de hortícolas por ser uma preparação simples e muito nutritiva. Sendo os hortícolas um grupo de alimentos com sabores tendencialmente mais amargos, a sua aceitação pode ser mais desafiante. A exposição precoce permite facilitar a sua aceitabilidade e promove o bom hábito alimentar para a vida futura, de incluir a sopa nas refeições.
Na elaboração da sopa alguns cuidados que deve ter em conta:
Não adicionar sal. Utilize ervas aromáticas e especiarias.
Volume entre 150 a 200mL. Equivalente a 1 concha média
Adicionar o azeite em cru. No prato, adicionar 5 a 7,5mL.

Adaptado de: Carla Rego et al. Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos – Linhas de Orientação para Profissionais e Educadores. PNPAS, 2019
A papa infantil é também um dos primeiros alimentos a ser introduzido pela sua praticidade e melhor digestibilidade. Os cereais são uma fonte importante de hidratos de carbono e, por isso, fornecedores de energia por excelência. Quando são enriquecidos com micronutrientes, em particular, ferro, iodo, zinco, vitaminas do complexo B, permitem que numa pequena porção (tolerada pelas pequenas barriguinhas) consigamos contribuir para um adequado estado nutricional do bebé. Desta forma, na hora da escolha opte por uma opção que tenha fortificação de vitaminas e minerais chave e que não tenha adição de açúcar.
Considerações a ter em conta na preparação da papa:
Dê preferência ao leite do bebé, no caso da preparação de uma papa não láctea;
A preparação da papa infantil não deve ser dada ao bebé dentro de um biberão;
Não guarde a papa que sobrou.
E depois? Que alimentos introduzir?
O guia alimentar português, a Roda dos Alimentos, é uma referência que pode ter em conta para a introdução alimentar. Faz sentido permitir uma representatividade de todos os grupos e privilegiar a diversidade dentro de cada grupo alimentar. Assim, facilmente constatamos que produtos ultraprocessados com uma elevada densidade energética e com um baixo teor nutricional irão ficar de fora.
Fruta
Um grupo alimentar com inúmeras opções e cheio de benefícios, que pode ser introduzido desde o início da alimentação complementar.
Algumas sugestões que deve ter em conta:
Respeite a sazonalidade e prefira os produtos locais – a riqueza nutricional da fruta da época é muito superior e contribuímos para a redução da pegada ecológica;
Apostar em cores diferentes – cores diferentes representam pigmentos diferentes, associados a diferentes vitaminas e por isso diferentes benefícios;
Não adicione açúcar – pode juntar canela se quiser dar um twist diferente;
Adeque a textura ao desenvolvimento do bebé – pode oferecer crua, bem madura e com os cortes adequados, ralada, esmagada ou em puré
Lácteos
Durante os primeiros 12 meses, a ESPGHAN não recomenda a introdução do leite de vaca, devido ao seu perfil nutricional, com um elevado teor proteico e de gorduras saturadas e baixo teor de ferro.
Já no que diz respeito a produtos lácteos, como o queijo ou o iogurte poderão ser introduzidos. No caso do queijo será interessante optar por produtos com baixo teor de sal, enquanto nos iogurtes as opções “gordas” (completas do ponto de vista de gordura), sem adição de açúcar e sem edulcorantes serão as que devem ser preferidas.
No 2º semestre de vida o somatório de todos os lácteos não deve exceder 500 – 700 ml/dia.
Nota! É relevante salientar que as bebidas vegetais não são lacticínios e que do ponto de vista nutricional têm um perfil bastante distinto.
Carne e pescado
A carne pode ser introduzida desde o início da introdução alimentar, sendo uma fonte importante de proteína de alto valor biológico, ferro heme (de melhor absorção) e zinco — nutrientes essenciais para o crescimento e para o desenvolvimento do sistema imunitário.
O peixe é igualmente recomendado desde o início da introdução alimentar. É uma excelente fonte de proteína magra, iodo, vitamina D e, no caso do peixe gordo, de ácidos gordos ómega-3, fundamentais para o desenvolvimento neurológico e visual. O consumo de peixes gordos, apesar de importante, não deve ultrapassar o consumo semanal e devem ser preferidos os peixes de pequeno porte, como a sardinha, o carapau, a cavala ou o salmão, pelo risco de presença de metais pesados.
Tanto a carne como o peixe devem ser bem cozinhado e oferecidos em pequenas quantidades, entre 20-30g durante o 2º trimestre, desfiados, sem espinhas ou ossos, triturada ou misturada com a sopa ou puré, de forma a garantir uma textura adequada ao bebé.
Leguminosas
As leguminosas, como o grão-de-bico, feijão, lentilhas ou ervilhas, podem ser introduzidas desde o início da introdução alimentar. São uma excelente fonte de proteína vegetal, fibra, ferro e outros micronutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança.
Devem ser bem cozinhadas e oferecidas em pequenas quantidades, sob a forma de puré ou bem esmagadas, para garantir uma textura segura e adequada à fase do desenvolvimento do bebé.
Frutos oleaginosos
Os frutos oleaginosos podem ser introduzidos desde o início da introdução alimentar, sendo uma excelente fonte de lípidos insaturados — as chamadas “gorduras boas” — essenciais para o desenvolvimento saudável do organismo.
Contudo, devido ao risco elevado de asfixia, devem ser oferecidos apenas em formato de pasta ou bem triturados, nunca inteiros ou em pedaços.
Alimentos com maior potencial alergénio
Podem e devem ser introduzidos desde o início da alimentação complementar. Estamos a falar de alimentos como o ovo, os frutos de casca rija, o amendoim, o trigo e o pescado.
Existem cuidados particulares que devem ser tidos em conta:
Introduzir um alergénio de cada vez em pequenas quantidades;
Esperar 3 dias antes de introduzir um novo alimento permite-lhe observar qualquer sinal de intolerância ou sensibilidade, tal como erupção cutânea, diarreia, nariz a pingar ou vómito. Se suspeitar de uma reação entre em contacto com o profissional de saúde que acompanha a criança.
No caso de lactentes com risco atópico devem realizar a introdução do alimento em risco de reação sob supervisão médica
E o leite materno?
Durante os primeiros 12 meses, a alimentação complementar é, como o nome indica, um complemento ao leite materno. Este continua a desempenhar um papel fulcral, trazendo inúmeros benefícios ao bebé, não só do ponto de vista nutricional, mas também na promoção de um desenvolvimento saudável do sistema imunitário e gastrointestinal. Nos primeiros meses, é natural que o leite materno continue a ser a principal fonte de nutrientes, em comparação com os alimentos complementares — relação que se irá inverter gradualmente com o tempo. Este é um período de exploração em que se introduzem novos sabores e novas texturas, mas garantindo o aporte nutricional adequado.
O que não oferecer?
Açúcar e Sal Adicionados - O paladar do bebé está a formar-se. A adição de açúcar pode levar a uma preferência por sabores doces, aumentando o risco de obesidade, diabetes e cáries dentárias. O excesso de sal sobrecarrega os rins imaturos do bebé, e tal como o açúcar, compromete a capacidade do bebé de reconhecer e apreciar o sabor intrínseco dos alimentos.
Mel - Não deve ser introduzido antes dos 12 meses de idade devido ao risco de botulismo infantil. O mel pode conter esporos de Clostridium botulinum, que podem germinar no trato gastrointestinal imaturo do bebé e produzir toxinas perigosas.
Leite de Vaca – Não deve ser utilizado antes dos 12 meses de idade. É uma fonte pobre de ferro, com excesso de proteína e gordura saturada.
Bebida Vegetal - Não deve ser utilizada antes dos 36 meses como substitutos do leite do bebé (leite materno ou fórmula infantil), devido ao perfil nutricional. Podem ser incluídas na alimentação do bebé apenas pontualmente. Em particular, no caso da bebida vegetal de arroz está contraindicada até aos 5 anos pelo risco da presença de arsénio.
Sumos de Fruta e Bebidas Açucaradas - Não oferecem benefícios nutricionais superiores à fruta inteira e contribuem para o consumo excessivo de açúcar, o que pode levar a um ganho de peso inadequado e cáries. A hidratação principal do bebé deve ser com leite (materno ou fórmula infantil) e, a partir dos 6 meses, complementado com água.
Como fazer a introdução de novos alimentos?
Atualmente temos várias correntes e metodologias para introduzir a alimentação complementar, tendo cada uma as suas vantagens e desvantagens, mas em qualquer uma delas a alimentação deve ser responsiva e centrada no bebé.
O método tradicional privilegia a alimentação guiada pelos pais ou cuidador, oferecendo com uma colher a alimentação à boca do bebé. Inicia-se com texturas mais cremosas, em formatos de papas, sopas ou purés, progredindo gradualmente, acompanhando a evolução do bebé, para texturas sucessivamente mais grumosas e com pedaços, culminando aos 12 meses com a inclusão do bebé na alimentação da família.
O Baby Led Weaning (BLW) ou Alimentação Guiada pelo Bebé, privilegia a autonomia da criança, que explora os alimentos por si própria. O bebé autoalimenta-se desde o início com as próprias mãos, explorando alimentos sólidos em formatos seguros e adaptados à sua fase de desenvolvimento. Inicia-se com a oferta de alimentos em pedaços ou bastões numa consistência segura (possíveis de serem esmagados entre dois dedos), permitindo que o bebé os agarre, manipule e leve à boca de forma independente, respeitando sempre os seus sinais de fome e saciedade. O objetivo final, tal como no método anterior, é a participação ativa na alimentação da família a partir dos 12 meses, com a ingestão de uma vasta variedade de alimentos e texturas.
Qualquer que seja a metodologia escolhida para oferecer os alimentos ao bebé é importante perceber que ao adulto cabe definir a diversidade alimentar que irá estar disponível na hora da refeição, mas é o bebé que definirá a quantidade ingerida e a velocidade a que a refeição decorrerá.
O respeito pelos sinais de fome e saciedade irá permitir que o bebé aprenda a comer quando tem fome e a parar quando está saciado, auxiliando na autorregulação da ingestão calórica de acordo com as suas necessidades fisiológicas, evitando tanto a sub como a sobrealimentação. Esta aprendizagem e aplicação a médio longo prazo permitirá que a criança, e futuro adulto, tenha um menor risco de desenvolver doenças crónicas não transmissíveis, como é o caso da obesidade ou diabetes, e de distúrbios alimentares. Adicionalmente, estamos numa fase crucial para fomentar uma relação positiva com a comida, em que a refeição se transforme numa experiência agradável e satisfatória, sem obrigação ou stress associado. A longo prazo esta relação positiva refletir-se-á na preferência por uma ampla variedade alimentar e menor seletividade (o famoso "picky eater").
Esta abordagem pode causar algum desconforto e insegurança para os pais, porque dificulta o controlo sobre a quantidade ingerida. No entanto, embora o bebé possa comer menos numa determinada refeição, não se preocupe porque irá ser compensado nas refeições seguintes, garantindo a ingestão total necessária ao longo do dia. O tema do engasgamento também levanta frequentemente algumas preocupações, mas desde que a textura e os cortes dos alimentos respeitem as etapas de desenvolvimento da criança o risco é reduzido, não dispensando a observação atenta dos pais e o acompanhamento por um profissional de saúde especializado na área.
O momento da refeição
O momento da refeição deve desde cedo representar um momento prazeroso em família e que confira ao bebé a autonomia e confiança necessárias para o seu desenvolvimento. Mais do que garantir a necessidades nutricionais, a alimentação representa uma oportunidade chave para o desenvolvimento cognitivo, motor e social.
Independentemente do método que escolher para a introdução dos alimentos, deixar o bebé explorar os alimentos é fundamental. Ter tempo para observar as cores e as formas dos alimentos, sentir as suas texturas e odor, ainda antes de saborear os alimentos, permite que a experiência alimentar seja diferenciada. É sem dúvida uma experiência divertida e ao mesmo tempo caótica, que poderá envolver alguma sujidade, mas sem dúvida uma enorme aprendizagem!
Ainda antes da primeira colherada, existem alguns cuidados na escolha dos utensílios que devem ser tidos em conta:
Cadeira para alimentação
Banco com 90º de inclinação – Uma postura ereta e a 90º é crucial para que as vias aéreas do bebé estejam desobstruídas. Se o bebé estiver reclinado, mesmo que ligeiramente, o alimento pode escorregar mais facilmente para a traqueia, aumentando significativamente o risco de engasgo.
Suporte para os pés – este é imprescindível. Com os pés bem apoiados, o bebé consegue ter maior controlo sobre o seu corpo e acionar o reflexo de gag de forma mais eficaz. Este reflexo é um mecanismo protetor que empurra o alimento para fora da boca antes que chegue às vias aéreas, prevenindo o engasgo real. Uma postura firme, com o corpo bem alinhado, facilita a coordenação necessária para que o bebé utilize este reflexo de defesa de forma autónoma e segura, aprendendo a gerir os pedaços de comida na boca. Além disso, o conforto de ter os pés apoiados liberta as mãos do bebé para manipular os alimentos com maior destreza e concentra-se na tarefa de comer, tornando a experiência mais positiva e segura.
Tabuleiro com visibilidade total – é importante que o bebé tenha visibilidade total sobre os alimentos que estão no tabuleiro de modo a fomentar o interesse e a estimular a experiência sensorial.
Pratos e talheres
Preferir os utensílios livres de BPAs – estes são disruptores endócrinos, ou seja, são compostos que interferem com o funcionamento normal do sistema hormonal (endócrino) do corpo e que, por isso, devem ser evitados.
Pré-colheres – apesar de não serem obrigatórios podem ser úteis na introdução alimentar. São projetados para facilitar a transição do bebé para a alimentação autónoma com talheres. Existem 2 opções, com base na evolução da criança:
Etapa 1: Mordedor de gengiva - As pré-colheres, na sua primeira etapa, são desenhadas para serem facilmente agarradas pelas pequenas mãos do bebé, mesmo com o punho fechado, o que promove a coordenação olho-mão. Feitas de silicone macio, são suaves para as gengivas sensíveis e seguras para mastigar, aliviando o desconforto da dentição. Permitem uma introdução segura de sabores; o bebé pode levar a pré-colher mergulhada em purés ou iogurtes à boca, familiarizando-se com o utensílio e estimulando o desenvolvimento dos músculos da boca e da língua, preparando-os para a mastigação e para a transição para a próxima etapa.
Etapa 2: "Prender" a Comida - A segunda etapa das pré-colheres apresenta um design com ranhuras ou uma superfície texturizada na ponta, concebida para que os alimentos mais espessos — como purés consistentes, iogurtes ou papas — se fixem facilmente ao utensílio. Este formato facilita o sucesso do bebé ao levar a comida da tigela à boca, mesmo com movimentos ainda imprecisos, reduzindo a frustração e aumentando a sua confiança. Assim, serve como uma ponte suave para o uso da colher tradicional, promovendo a autonomia e uma experiência alimentar positiva.
A primeira colher marca o início de uma aventura, um desafio enorme que pode trazer alguma ansiedade. As primeiras refeições com o seu bebé são, sem dúvida, um momento de novas descobertas e, por vezes, de alguns obstáculos. Para tornar este processo mais fácil e prazeroso, deixamos algumas sugestões valiosas a seguir:
Não permita que o bebé inicie a refeição cheio de fome. A tolerância, a atenção e a capacidade de explorar serão muito reduzidas, dificultando desnecessariamente a hora da refeição.
Leve o seu tempo. Escolha um momento do dia em que não está com pressa.
Tente e volte a tentar. Não fique surpreendida se o seu bebé deitar logo fora o primeiro alimento. É um reflexo natural. Lembre-se de que a exposição repetida é a chave para a aceitação.
Respeite os sinais de fome e saciedade do bebé. Mais importante do que a quantidade que o bebé come numa única refeição é a sua capacidade de reconhecer e comunicar quando tem fome e quando está satisfeito. Se o bebé vira a cabeça, fecha a boca, ou mostra desinteresse, pare de oferecer o alimento. Forçar a alimentação pode criar uma aversão à comida e dificultar a sua autorregulação alimentar no futuro.
A Família
Os familiares mais próximos e os cuidadores do bebé serão sempre o maior exemplo que ele irá ter, um verdadeiro espelho onde cada gesto e cada escolha se refletem no seu coração e mente. Sabendo nós que, nesta fase inicial, as aprendizagens se fazem muito por imitação, é crucial que a família esteja empenhada e envolvida em ser um modelo positivo, em cada sorriso à mesa, em cada prato colorido. Assim, esta não é apenas uma fase de crescimento para o bebé, mas uma oportunidade dourada para todos adotarem um estilo de vida mais saudável, para se reencontrarem com o prazer de uma alimentação variada, equilibrada e saudável. É um convite para crescerem juntos, construindo memórias de sabor e bem-estar que durarão uma vida inteira.