Desenvolvimento de cérebro do bebé
Durante o primeiro ano de vida, o bebé tem um desenvolvimento substancial. O seu peso triplica e a sua altura duplica!
Sabia que o crescimento mais significativo está a acontecer nos bastidores – na cabeça do seu bebé? Nos primeiros dois anos, o cérebro vai criar dois milhões de ligações por segundo!
Um bebé nasce tão "inteligente" como um adulto?
Apesar de trabalhar com bebés pequenos há muitos anos, ainda fico fascinado por o bebé ter, desde que nasce, todas as faculdades mentais! É interessante saber que o cérebro de um recém-nascido tem mais ligações neuronais do que o de um adulto. E aquilo a que chamamos capacitas inatas.
Por exemplo, o seu bebé é capaz de reconhecer todos os sons, mesmo de outras línguas, ao mesmo tempo que a sua língua materna vai modulando a audição e a fala. Têm reflexos automáticos como agarrar, cruzar os braços ou caminhar, apesar de só serem fisicamente possíveis aos oito meses…
As suas ligações neuronais vão gradualmente regredindo, de modo a deixar espaço para a aprendizagem. Os meus colegas neurologistas chamam a isto "massacre neural", como se o cérebro necessitasse de se sobrecarregar de modo a poder – depois – desenvolver-se!
Qual o papel da educação e da aprendizagem?
Na realidade, a inteligência surge assim que o bebé começa a aprender coisas novas e é capaz de se adaptar a novas situações. A partir daí, as suas capacidades psicomotoras e emocionais vão sendo definidas por aquilo que o rodeia. O seu cérebro "grava" tudo e nada escapa à sua atenção. Com os seus cinco sentidos em alerta, ouvindo todos os dias a sua língua materna, o cérebro vai-se gradualmente organizando.
É a grande quantidade de informação continuamente "gravada" que estrutura as conexões cerebrais, a via pela qual o bebe aprende a falar, comer sozinho, largar as fraldas e também pela qual experimenta sentimentos e emoções. Este desenvolvimento é fascinante de se estudar!
Como posso ajudar o meu a bebé a desenvolver-se, a coordenar os movimentos e a ficar mais alerta?
Simplesmente, viviendo com ele, incluíndo-o na vida familiar. Tudo o que fazemos fascina o bebé, mas evite o excesso de estimulação. Se o seu bebé quer um abraço dê-lhe um, sem se preocupar com o que os outros pensam. As crianças têm o seu próprio ritmo de desenvolvimento e os pais têm de se adaptar a isso! Muitas vezes é preciso repetir isto a pais que têm valores excessivamente normativos e com regras rígidas.
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